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Hotelaria abraça a tendência “pet friendly” para receber seus hóspedes peludos.

Hotelaria abraça a tendência pet friendly

Hotelaria abraça a tendência pet friendly

 

A presença de animais de estimação é uma realidade no cotidiano, e os serviços estão se ajustando para incorporar essa nova dinâmica. Na hotelaria, essa adaptação é uma evolução natural.

A hotelaria está cada vez mais abraçando a ideia de ser receptiva aos animais de estimação. Os bichinhos fazem parte do dia a dia das pessoas, e os serviços estão se ajustando para atender a essa nova realidade, especialmente nos hotéis.

A pandemia não só alterou nossas rotinas, mas também influenciou significativamente as relações familiares, levando muitos a adotarem novos membros peludos em casa. Isso aconteceu em parte devido ao fato de as crianças ficarem mais tempo em casa e a sensação de solidão decorrente das restrições de deslocamento. Hoje, há mais animais de estimação do que crianças nos lares brasileiros, conforme indicam dados do IBGE. A indústria de produtos para animais de estimação estima que o Brasil abriga cerca de 145 milhões de pets, incluindo 56 milhões de cães e 26 milhões de gatos, além de outras espécies menos comuns. O mercado pet movimentou impressionantes R$ 70 bilhões em 2023, com um crescimento de 15% em relação ao ano anterior.

O Brasil ocupa atualmente o terceiro lugar global nesse segmento, representando 7% do mercado global, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da China. Durante um curso de gerenciamento hoteleiro nos Estados Unidos, em 2015, chamou minha atenção a ampla adoção das campanhas “Pets stays free” em todas as redes hoteleiras.

Os serviços estão se adaptando a essa nova realidade. Os pets agora fazem parte de diversos aspectos da vida cotidiana, acompanhando seus tutores em hotéis, shoppings e restaurantes (com algumas restrições). Os “filhos de quatro patas” se tornaram uma extensão do estilo de vida de seus tutores, e o termo “donos” foi substituído pelo neologismo “tutores”. O amplo universo pet também adota a tecnologia, desde chips intradérmicos até gadgets que analisam o comportamento dos pets, refletindo a crescente relevância desses companheiros na sociedade.

No Brasil, já existem creches para pets enquanto os tutores trabalham, hotéis com funcionários treinados para acomodar aqueles que não viajarão com seus tutores, e até padarias em São Paulo oferecem petiscos e alimentos balanceados para os animais.

A hotelaria também está se adaptando ao conceito “pet friendly”, com muitos hotéis e resorts estabelecendo políticas e procedimentos operacionais para recepcionar os pets. As companhias aéreas também fizeram ajustes, embora com algumas restrições específicas.

Nesse cenário de ascensão da cultura pet, surge a questão de como estabelecer limites para acomodá-los. É essencial para o setor de hospitalidade adotar uma abordagem correta, aproveitando essa tendência para gerar mais receitas e aumentar a satisfação dos hóspedes. Uma política clara e uma comunicação eficiente são fundamentais, assim como treinar e capacitar as equipes para uma relação sensata com os clientes.

A decisão de adotar o selo “pet friendly” e a elaboração de uma política específica são individuais para cada meio de hospedagem. A maioria das redes hoteleiras globais, no entanto, já adota procedimentos específicos para capitalizar esse crescente nicho de mercado. Independentemente do entendimento pessoal de cada um, a cultura pet veio para ficar, e em breve veremos a hospitalidade evoluir de “Pet Friendly” para “Pet Lover”.

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AUTOR DO POST

Ailton Botelho